domingo, 21 de junio de 2015

A corrupção no Brasil. Uma maldição, herança ou as duas?


Porque executivos tão bem remunerados e políticos com carreiras promissoras estão envolvidos em escândalos de corrupção?

Acompanhando os casos de corrupção que estão sendo investigados pelo Ministério Público no Paraná, especificamente os relacionados a Petrobras e o mais recente na FIFA, envolvendo países da América Latina, fico pensando, o que nós, como sociedade, estamos fazendo errado?

Os investigados têm um alto nível de educação, inteligência e capacidade desejáveis para chegar a ocupar cargos tão importantes em empresas grandes (Petrobras, as maiores construtoras do Brasil, FIFA, CBF, etc). Esses fatos deixam dúvidas sobre a teoria de  que  a delinquência está diretamente relacionada com a necessidade e a pobreza.

Ouvi a declaração do Pedro Barusko na CPI, contando sua experiência de que no começo, era uma emoção incrível ter acesso a todo aquele dinheiro. Chegou a um ponto em que era tanto dinheiro que não sabia o que fazez. No fim, começou a sentir muito medo de ser descoberto.

De forma semelhante, vi pela televisão, um alto executivo da Camargo Correa na CPI declarando que ele não se sentia confortável com todo o dano que havia feito à sua família e lágrimas sinceras (aparentemente) rolavam pelo seu rosto. Ele comentava que, quando entrou, nunca viu o esquema como corrupto, ele só deu continuidade ao que já estava funcionando.

O que está errado com a sociedade brasileira que não nos permite progredir? Para onde está indo todo o dinheiro que é arrecadado em impostos no Brasil? Embora todos fossem funcionários muito bem remunerados, mas que não souberam dizer não à corrupção.

Muitos fatores convergem para que a corrução continue ativa na nossa sociedade. Entre eles saliento:

1)    A formação deficiente de valores em nossos lares. Quando nossos pais nos abriram os olhos para as consequências de um ato delitivo relacionado com corrupção? O pai ou a mãe que vêm o filho chegando da escola com um lápis/borracha/brinquedo e não se preocupa em saber a origem, estão contribuindo para que o filho pense que o que fez está correto. E não existe roubo pequeno ou grande, todos são roubos e não podem ser tolerados, sejam de uma borracha/lápis a um rombo de milhões, igualmente devem ser corregidos. Tolerar o pequeno ato ilítico é abrir uma porta para o grande.

2)    Reforço da educação moral e de valores nas escolas totalmente esquecido;

3)    Falta ensinar nas universidades o código de conduta nos negócios e na profissão;

4)    Falta treinamento e aceitação, por escrito, de código de conduta quando começam a trabalhar numa empresa brasileira, pública ou privada;

5)    Falta de punição forte e séria (crime inafiançável) para os corruptos. Julgados e condenados sem direito a redução de pena.

A Operação Lava Jato, como há sido chamada a investigação do escândalo de corrupção da Petrobras, que se estende a muitas outras instituições públicas no Brasil, deve ser levada a serio por todos nós. Os corruptos, da mesma forma que em países como Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Canada, devem ser punidos, sem misericórdia, para que muitos que ainda estão atuando similarmente possam refletir e se arrepender, porque nunca é tarde para começar a andar pelas sendas de retidão. O povo brasileiro tem mostrado ao Juiz Sergio Moro que o apoiam incondicionalmente na investigação, julgamento e punição dos culpados.  E  todos os brasileiros devemos estar de olho na atuação do STF que em ultima instância, serão os que dirão a última palavra, em apelação nas decisões do Juiz Sergio Moro.

A tolerância para a corrupção deve ser zero. Nosso país não pode continuar no caminho do desenvolvimento sem que os fundos tão competentemente arrecadados pela Receita Federal, tenham o destino correto de ser revertidos em favor de todos os brasileiros. Essa é a diferença entre o Brasil e o Canadá, por exemplo. No Canadá, cada centavo arrecadado tem um fim específico relacionado com o bem-estar da população.

Ainda há esperança, retomemos o caminho da ética e de los valores. Eduquemos nossos filhos para que possam sim, desempenhar altos cargos, ser muito bem remunerados, mas que tomem decisões, com sabedoria, para conter sua ambição de riqueza fácil e servir o país por longos anos. Afinal, segundo a Biblia, todo dinheiro não obtido do suor proprio, será amaldiçoado. Assim não teremos mais lágrimas na CPI, não teremos executivos e políticos nas cadeias, e finalmente, os fundos dos nossos impostos tenham destino correto, permitindo nossos povos saírem da miséria.
 

sábado, 8 de febrero de 2014

Customer Service in Brazil. What have been your experience?

Customer Service. Is Brazil preparing to go to the next level? So far, between the expectatios and the delivered there is a huge gap. I have experienced it with different companies, from Consul to Porto Seguro, GVT, Vivo to the electricist picked from the news paper add. I think to start, these companies should not promise what they cannot comply with. This would be a great start. Not mentioning prices, they charge you 50% of the air conditioning price to install it ( a not complex one). This, when they honor you with their presence... Idiossincracia criola, this is what a friend use to say. Others will say, "os brasileiros estamos ferrados"... The sad thing about this is that a bad service after sale can threaten all the effort put in the factory, to produce with quality and the sales people who sweat their shirt to close the sale.

viernes, 8 de marzo de 2013

Dia Internacional da Mulher. Para que?

Diferentes sentidos dá cada um ao Dia Internacional da Mulher. Alguns aproveitam para desejar-lhes um dia muito feliz, outros para enviar-lhes flores, agradecer alguma que tem feito a diferença na sua vida, enfim, inúmeras razões existem para agradecer, lembrar e comemorar as mulheres. Em especial, é um dia que paro para pensar no porque existe um dia especial, internacional da mulher? Cada ano penso nas razões da existência desse dia. Normalmente quando o mundo decide fazer menção especial a alguém, a alguma causa, é porque tem a intenção de chamar a atenção para alguma situação que inquieta a sociedade. Assim acontece com o Premio Nobel da Paz. Todo ano, o premio Nobel vai para alguém que tem uma causa que os membros do comitê consideram que deve ser divulgada. Será que o dia da mulher foi inventado para repensar o papel da mulher na sociedade, na discriminação que existe contra a mulher em diferentes campos da vida? Eu acho que sim porque senão, existiria um Dia do Homem também. Todos os anos, dia 8 de Março eu penso em alguns fatos e faço as mesmas perguntas, referindo-me somente à nossa região geográfica, sem pensar noutras longitudes, onde a falta de oportunidade para as mulheres ainda é pior e a de respeito também: 1) Quanto se tem avançado enquanto à discriminação das mulheres no ambiente de trabalho? Com relação ao salario, nada. Ainda somos mal pagas com relação aos homens, ocupando o mesmo cargo e com desempenho similar. Isso ainda é uma preocupação de 44% das mulheres que participaram na pesquisa feita pela LikedIn a mais de mil mulheres profissionais ao redor do mundo; 2) Como andamos com relação à mulher que usa sua aparência e seu charme feminino para conseguir vantagens no ambiente de trabalho? 15% das mulheres ainda usam sua beleza física, não seu cérebro, como atributo para tirar vantagem no ambiente de trabalho. Tristemente ainda existem homens que não respeitam as mulheres pelo que elas sabem e podem aportar ao trabalho, mas pela sua beleza e atração física; 3) As Juntas Diretivas têm interesse em promover mulheres aos cargos de mando nas empresas, pois estudos mostram que mulheres equilibram as cúpulas, até há uma piada ao respeito: Um professor adjunto da Universidade de Columbia mencionou num artigo, num jornal da Universidade que se Lehman & Brothers fosse Lehman, Brothers & Sisters, provavelmente, não teria quebrado... Considerando que as mulheres são muito mais duras quando as decisões das cúpulas colocam em risco o patrimônio dos acionistas ou quando querem emascarar resultados. Infelizmente, apesar de que as empresas vêm como positivo promover mulheres para posições de mando, colocam nos objetivos de Recursos Humanos todos os anos, aumentar a % de mulheres nos cargos mais altos, o gargalo da garrafa ainda continua sendo cruzado somente pelos homens, com raras exceções. Pesquisas mostram que as mulheres chegam muito bem até gerências médias mas quando chega o momento de passar a exercer cargos de Diretorias, membros da Junta Diretiva, só nossos colegas do sexo masculino chegam. Enfim, tomara que para o próximo ano de 2014, estivéssemos falando de outros temas no Dia Internacional da Mulher que não fossem os velhos citados acima, mas para isso, temos que refletir qual o nosso papel em cada um dos pontos citados e ver o que podemos fazer ao respeito. Está muito mais em nós, mulheres, o câmbio pois para o sexo oposto, a situação continua sendo confortável como está atualmente. O ponto número 1 acima, da diferença salarial é bastante fácil de resolver. Precisamos ser mais audaciosas e frias na hora de negociar, copiando nossos colegas, pois temos o mesmo valor, só falta coragem. Boa sorte na próxima negociação!

miércoles, 16 de enero de 2013

A competitividade brasileira na exportação de mão de obra

A competitividade brasileira na exportação de mão de obra. Na era do conhecimento, o Brasil hoje já tem condições de ser um jogador importante no mercado internacional, na exportação de mão de obra qualificada. Uma das formas mais usadas de se exportar mão de obra é através das assignações internacionais por um tempo definido. Normalmente as duas razões mais importantes para essas assignações é a transferência de conhecimento (bastante comum hoje em dia, quando muitas empresas brasileiras abrem filiais no estrangeiro), ou para desenvolvimento de talentos para continuar crescendo dentro da empresa. Nesse tipo de transferência, a entidade legal no Brasil que paga o salario, encargos sociais e os benefícios do funcionário, o continuam fazendo durante a transferência para o exterior, adicionando a esse custo, o pacote de expatriação, normalmente composto de ajuda de custo de vida, algum premio pela transferencia e premio e algum outro, dependendo da politica de cada companhia. A intenção de manter o funcionário na folha de pagamento do Brasil é não interromper o plano de aposentadoria do funcionário, tomando em conta que a transferência é temporária. Que um dia esse funcionário volte ao Brasil e possa ser elegível ao plano de aposentadoria do Estado e ao plano complementar que a maioria das empresas grandes no Brasil oferece aos seus funcionários. Muito embora o funcionário continue na folha do Brasil, o custo desse funcionário é transferido integralmente ao exterior. Ou seja, a empresa no Brasil. na realidade, paga o funcionário e os custos relacionados são repassados ao pais receptor dos serviços daquele expatriado durante a assignação. Essa opção para transferir os brasileiros ao exterior encontra uma barreira na lei de imposto de renda do Brasil que diz que o brasileiro que quebre residência fiscal no Brasil, continuará pagando imposto com uma taxa fixa de 25% sobre todo ingresso recebido de fonte brasileira. O que resta esclarecer é se, realmente esse dinheiro pago para o funcionário mas cobrado ao exterior, realmente pode ser considerado de fonte brasileira, si ele regressa ao Brasil depois. Hoje em dia as empresas não questionam, retem e pagam esse imposto mas logo cobram esse custo ao exterior, fazendo assim, o custo do serviço do brasileiro mais caro que o de expatriados de outros países como Estados Unidos e Suiça, onde o funcionário, ao sair do pais e quebrar a residência fiscal, deixa de pagar imposto no pais de origem, mesmo permanecendo na folha de pagamento do pais de origem. Outra razão pela qual o custo do brasileiro é mais alto radica na falta de acordo de totalização de seguro social com outros países. Novamente, menciono a Suiça e os Estados Unidos que tem acordo de totalização de seguro social com muitos países, facilitando que seus funcionários, quando são transferidos ao exterior e permanecer no seguro social do pais de origem, mesmo trabalhando no outro pais, não precisam contribuir ao sistema de seguro social dos dois países, somente em um dos dois. O Brasil, embora tem avançado na assinatura desses acordos bilateralmente e com o Mercosul, não tem entre suas justificativas para faze-lo, a preocupação da competitividade da nossa mão de obra, em termos de custo, no mercado internacional. Seria bem termos acesso a dados estatísticos de para onde estão indo os brasileiros trabalhar e conduzir negociações de acordo de não taxação dupla e de totalização de seguro social com esses países. Assim, nossas autoridades governamentais poderiam direcionar melhor a negociação de acordos com tais países para diminuir custo de nossos serviços e podermos competir melhor, em termos de custos, numa das industrias mais lucrativas no mercado internacional, a de serviços. Em síntese, ficam duas questões para ser analisadas pelas autoridades brasileiras: 1) Até que ponto se pode considerar ingresso de fonte brasileira o salario e pacote de expatriação pagos aos expatriados brasileiros durante uma assignação internacional se esses custos são cobrados ao exterior e voltam ao Brasil como ingresso por expotação de mão de obra? 2) Que poderiam fazer as autoridades brasileiras para acelerar a negociação de acordos de totalização de seguro social para evitar pagamento duplo de seguro social durante a expatriação de brasileiros por tempo definido?

domingo, 6 de enero de 2013

Os perigos no abuso do termo “politicamente correto”. Ser ou se comportar de forma politicamente correta é deixar de enfrentar uma situação ou dizer diretamente as coisas porque incomoda a outra pessoa, também poderia ser expressar-se de forma mais doce, algo que poderia incomodar a outra pessoa se dita da forma mais direta. É um comportamento muito usual dentro das organizações, pois evita ter que confrontar-se principalmente com os niveis superiors sobre temas que incomodam os funcionarios. Esse comportamento pode ser uma bomba de tempo, pois as coisas se acumulam de baixo do tapete e mais cedo ou mais tarde, virão à tona. No curto prazo, os que deixaram de ouvir o que o outro gostaria sinceramente ter expressado, se salvam, mas no longo prazo, não. Existe uma força oculta nas organizações em varios sentidos que certamente se encarregará de trazer luz às coisas deixadas escondidas debaixo do tapete. O meio diplomático tambem utiliza muito o politicamente correto, mas como é quase um protocolo, os diplomatas ja sabem como interpretar as coisas ditas dessa forma no contexto que deve ser, e nao causa maiores danos. No meio politico é muito usado para bajular/proteger os encantadores de serpentes. O maior perigo é calar o que deveria sair à luz sobre práticas políticas que possam ser delitivas/corruptas, prejudicando assim toda uma sociedade/país. Na convivência com ativistas que defendem minorias, o termo ha chegado a ser usado e abusado de forma perigosa porque pode chegar a negar uma realidade. Se chamamos as coisas pelo nome, somos ameaçados com demissão, denuncias na policia, entao, a solução é usar termos que não deixam de ser um desvio da descrição real da situação ou caso. Quanto mais pressão houver para não discriminar certos grupos ou pessoas, mais se distancia da realidade. Fiz uma rápida pesquisa na internet e de forma bem humorada, ha varias descrições interessantes de situações, condições que outrora simplesmente se chamavam pelo seu nome e hoje em dia se tem que perguntar se é politicamente correto ou não dizer ou fazer. Em qualquer das situações, condições em que se queira ser/estar politicamente correto, devemos somente ter o cuidado se ao fazê-lo, estamos deixando de evidenciar situações, pessoas que estão lesando os nossos valores e principios ou os da sociedade em que vivemos. Em cujo caso, definivamente, mesmo que pareça deselegante ou nos traga consequências futuras, devemos de chamar as coisas pelo seu nome. Nunca devemos ter medo de fazer as coisas corretas, o universo com certeza, com o tempo, estará do nosso lado.

lunes, 8 de octubre de 2012

Talents for now or for 10 years ahead?

Everyday we hear, many times, specialy consultants speaking about the "talent war", the "talent pypeline", what the Companies are doing to fill out their talent pool, etc and etc. And it seems that the story will continue for a long time. I have been working in HR since 9 years ago and the speech is the same. As in Business Administration, not the science, but the trends are important, until a new trend is on its way, we will listen about "talents". For me, there is something that is confusing, the concept of "talent" as they use it, is not clear, what is a talent? what is the difference between a talent and a trainee? for when you will need the talent to be ready? for how long are them at disposition to wait for the next career path?, If I were an investor, would I be worried about the talent pypeline 10 years ahead? Or would I worry about hiring talents to work for my company now, when I expect the results to be delivered so my stocks would increase their value right now? Where is the disconnection between the company Executives who make the strategic plan and the the Investors? The Company Executives are making their plain putting their focus on the "talents" for 8 to 10 years ahead. Are these 2 expectations aligned?When I was studying my MBA, the first class of Finance for Managers, the question from my Finance Teacher was, What a Company exists for? Among many answers, I took the risk to answer that a company exists to make the right decisions to preserve its existence. My Teacher told me, "you are wrong", the company exists to make profit for the investors. I think both of us were right, the investors need profit to live but if we worry only about making profit, the Company may not exist for the future and the investors don't want it neither. Now, making this clarification, I think we should think about talents for today and for tomorrow, not one or the other. We need the best talents to deliver results today but we need also to think about the trainees/talents to deliver tomorrow. The 2 things that cannot happen is to reserve the 30% of our headcounts to train "talents" and expetct that the other 70% of headcounts will deliver their best and comply with what is expected from the 100% of the workforce. Unless we create headcounts for the trainees of the future, and, recognize the rest of the population as they deserve for their results, we will not go anywhere. Trainees don't deliver results, they can contribute but with a lot of guidance, which means dedicated time from Management. Please tell me what Companies are only worried about the "talents" for the 10 years ahead, so I don't put my money on their stocks. Why are we investing so much money in talents anyway? The surveys show they are not attached to any company and they have learned that, they can make a career faster moving from one company to another than attached to only one company. Who are the companies spending money on, when they train talents? For other companies? Because they are being trained and leaving. I am almost sure the investors won't like to hear about this. If I were one, I would not.